Crenças E Padrões Arquetípicos

Desvendando as crenças como os padrões arquetípicos que influenciam a sua vida e determinam o seu destino

Desvendando as crenças como os padrões arquetípicos que influenciam a sua vida e determinam o seu destino

Estudar as crenças como padrões arquetípicos é uma prática que possibilita muita clareza para mudar a vida para melhor.

Nesse artigo eu exploro o processo da formação das crenças geradas na infância e como lidar com elas.

Eu também gravei um vídeo essa semana falando sobre isso.

Se você quiser assistir o vídeo, clique aqui

Em alguns meios de autoconhecimento, falar sobre as crenças é muito popular.

E isso por um motivo: crenças determinam as nossas experiências.

A minha prática e estudo das crenças vem de longa data.

Como todo começo, no início foi bem desajeitado e lidando com as ferramentas que eu tinha acesso na época.

Nos últimos 12 anos eu venho investindo muito da minha energia na prática e estudo da astrologia, que no final das contas, é um estudo dos arquétipos presentes em todos nós.

E isso me trouxe uma clareza muito maior sobre a atuação das crenças no nível individual, como você verá mais adiante.

Principais tópicos desse artigo (clique no menu ao lado para abrir)

Crenças E Padrões Arquetípicos

Uma distinção Fundamental

Existe uma diferença fundamental entre o modo pelo qual muitas escolas de psicologia tradicional enxergam as experiências da infância e o modo pelo qual a astrologia psicológica encara os acontecimentos da primeira infância.

Certos ramos da psicologia defendem a teoria da tábula rasa, que é a ideia de que o modo como as outras pessoas o tratam no início da vida dá origem a certos padrões ou roteiros que então determinam a sua auto imagem e as suas expectativas sobre o que lhe acontecerá mais tarde na vida.

Nós então assumimos certas atitudes em relação a nós mesmos ou à nossa vida em geral a partir de diferentes experiências da infância.

Elas podem ser chamadas de afirmações existenciais sobre a vida.

Um exemplo:

Se a mãe foi muito desajeitada ao cuidar da criança ainda bebê, formam-se nessa criança padrões, expectativas ou afirmações sobre a vida do tipo “o mundo não é um lugar seguro” ou ainda “as pessoas que eu mais precisar me decepcionarão”

Outro exemplo:

Se o pai foi embora e abandona a família quando você tem apenas 3 anos de idade, isso pode criar crenças, convicções ou expectativas como “sou tão mau ou má que afasto as pessoas de mim”

Fato é que as primeiras experiências nos marcam profundamente.

Se fizermos um pequeno corte na casca de uma árvore nova, esta apresentará um grande corte quando crescer e se tornar uma árvore adulta

O que acontece no início da nossa vida deixa em nós uma impressão muito profunda

Com muita frequência, essas impressões ficam enterradas no inconsciente e nem mesmo conseguimos nos lembrar delas.

Contudo, carregamos essas experiências e crenças conosco e elas continuam a influenciar nossas sensações e experiências.

O modo como vemos e avaliamos o presente é condicionado pelo que nos aconteceu no passado.

Algumas vezes isso é chamado de determinismo psíquico.

Mesmo uma fantasia sobre o que aconteceu no passado pode determinar o seu modo de interpretar o presente: não precisa ser algo que tenha acontecido realmente.

Por exemplo, se você imagina que foi o/a responsável pelo seu pai ter ido embora (uma fantasia comum entre as crianças), essa fantasia inicial continuará a influenciar expectativas nos seus relacionamentos posteriores.

Então perceberemos ou escolheremos seletivamente de cada circunstância apenas aquilo que mantiver nossas crenças ou suposições, desconsiderando o que não se adaptar a elas. Afinal de contas, é assim que as crenças funcionam.

A astrologia psicológica tem uma visão levemente diferente (e muito interessante) sobre isso

Crenças como padrões arquetípicos: a visão da astrologia psicológica

A astrologia psicológica traz a perspectiva de que cada um de nós já nasce com uma predisposição inata que nos leva a esperar que certas coisas aconteçam.

Perceba o poder disso: Não é exatamente o condicionamento infantil que é de importância primordial, é a sua própria natureza interior como é vista através da posição dos planetas no seu mapa natal que o predispõem a entender as experiências de determinada maneira.

Certas esperanças arquetípicas inatas estruturam o que você extrai de suas experiências na infância

Um arquétipo pode ser definido como a representação mental de um instinto

Certas perspectivas foram construídas e estruturadas na nossa psique, criadas pela própria repetição de tantos e tantos séculos dos nossos semelhantes que nos antecederam

Por exemplo: uma das nossas perspectivas inatas é a de que deve existir uma mãe.

Seja aqui, seja na Indonésia, seja na Jamaica, onde quer que seja: essa é uma perspectiva inata a todos nós.

E também deve haver um bico no seio de onde iremos sugar o leite da mãe.

Na nossa informação celular já carregamos essa expectativa.

Já nascemos com uma imagem da mãe, com uma imagem desse arquétipo; e já nascemos com uma imagem do pai, uma imagem do nascimento, uma imagem do crescimento, outra da morte, etc.

Mas cada pessoa tem imagens ligeiramente diferentes acerca dessas imagens

Há diversas variedades e classes dessas imagens.

E aqui a coisa toda fica muito interessante e esclarecedora para nos movimentarmos pelas nossas vidas

Há muitas variedades e possibilidades de interação dessas imagens.

A Lua por exemplo, se relaciona com a mãe, e todos temos a Lua no mapa natal.

Portanto, todos nós já tínhamos uma expectativa já existente da mãe antes mesmo de nascermos.

Contudo, a natureza da imagem que cada um tem da mãe, o tipo mais exato de mãe que esperamos ter, é revelado pelo signo da Lua em seus mapas e pelos aspectos que a Lua formar no mapa.

Lembre-se que as expectativas influenciarão o modo como vemos a realidade.

As imagens e os arquétipos que são inatos organizam e estruturam nossas experiências.

Então digamos que alguém nasce com a Lua em trígono com Júpiter. Essa pessoa terá uma expectativa inata de abundância e de expansão relacionadas com a imagem da mãe.

E como é isso o que ela espera encontrar, a sua percepção será seletiva e sua tendência será a de registrar com mais facilidade as ocasiões em que sua mãe for expansiva, generosa e jupiteriana, deixando de notar as ocasiões em que for fria ou castradora.

A perspectiva da astrologia psicológica é que somos parcialmente responsáveis pelo modo como sentimos que nossos pais são devido à nossa tendência de interpretar as ações deles com base em conceitos e crenças inatas sobre o que provavelmente iremos encontrar.

E claro, o modo de ser dos pais servirá para aprofundar ainda mais ou para intervir ou modificar algumas das expectativas que temos a seu respeito.

Em diferentes estágios da vida, são vários os arquétipos que se revelam

No nascimento, a parte do horóscopo em evidência é o Ascendente. Portanto, na experiência do nascimento surgirão questões relativas ao seu Ascendente.

Durante os dois primeiros anos de vida, o impulso principal é a sobrevivência e a sua satisfação das suas necessidades, então a Lua é o fator mais importante do mapa.

Por essa motivo, os seus padrões inatos acerca da Lua serão cristalizados entre o nascimento e o segundo ano de vida.

Na idade entre dois a quatro anos, há o impulso de se afirmar, de ser mais autônomo: aprendemos a andar, falar, afirmar a individualidade e flexionar os músculos.

Durante todo esse tempo a questão em evidência é obter maior autonomia.

Os principais planetas ativados em conexão com esses princípios são o Sol e Marte. Assim, entre dois e quatro anos serão focalizadas as questões relacionadas entre o Sol e a Marte na sua vida.

Depois dos quatro anos de idade, quando nos tornamos mais conscientes da relação do pai e da mãe, surgem as questões relativas aos relacionamentos, e o arquétipo Vênus é posto em primeiro plano.

Os padrões venusianos podem ser observados durante a fase edipiana.

Finalizando

O objetivo disso tudo não se limita a descobrir os nossos padrões de ação, mas modifica-los, caso tenhamos o desejo de fazer isso ou caso não estejamos satisfeitos com os padrões revelados pela nossa vida.

E isso meus amigos, isso é trabalho interno. Essa é a jornada interior da terapia.

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